quinta-feira, 15 de julho de 2010

Amigos de Deus


Este material não foi desenvolvido somente para lhe dar conhecimento, mas aqui também queremos
alertar para o grande Chamado que Deus está lhe fazendo:
“Leva-lo a retomar uma vida de intimidade com o Senhor através da vivência das práticas
espirituais aqui sugeridas: Jejum, Adoração, Leitura Orante da Palavra de Deus, Oração pessoal,
Rosário e Confissão.”
Durante as vigílias do núcleo de discernimento da RCC/Pr por diversas vezes o Senhor nos orientou
para a realização deste material que foi inspirado no livro de Judite, que foi escrito num momento
crucial para o povo de Israel e serviu para dar-lhes ânimo e encorajamento para enfrentar o inimigo
que os ameaçava. Nele são relatadas várias situações que muitos de nós experimentamos em nossa
vida, em nossa família, em nosso grupo de oração e até em nossa comunidade paroquial.
No livro de Judite observamos que os Judeus ao saberem da ameaça que se aproximava com o
poderoso exército de Holofernes trataram logo em criar estratégias humanas para enfrentar o perigo
eminente e rapidamente começaram a agir conforme suas habilidades. Mandaram mensageiros por
toda a Samaria e seus arredores até Jericó, e ocuparam todos os cumes dos montes. Cercaram de
muros todas as suas cidades e armazenaram trigo para poder sustentar o combate... Pediram ao
povo que ocupassem as vertentes montanhosas que davam acesso à Jerusalém, e que pusessem
guarnições nos desfiladeiros por onde se pudesse passar. (Jd. 4, 4. 6).
Apesar de aparentarem fé com suas atitudes e orações (cf. Jd. 4,8-17), na verdade eles se deixaram
abater diante do inimigo, pois não acreditaram que Deus poderia livra-los de tamanha ameaça.
Quando a situação se agrava com a falta da água, toda a sua incredulidade vem à tona e são tentados
a dar um prazo para Deus vir livrá-los (cf. Jd. 8,13), na verdade já haviam tomado a decisão de se
aliar ao inimigo para não sucumbirem e não perceberam que este não é o meio de atrair a
misericórdia de Deus.
Hoje também somos tentados a enfrentar com ações unicamente humanas as adversidades que nos
sobrevém e corremos o grande perigo de sucumbir diante destas dificuldades que encontramos pelo
caminho, nos assemelhando aos Israelitas. Nossa fé e esperança tendem a ficar debilitadas ao ponto
de nos entregar ao desânimo levando-nos ao afastamento de Deus. Estas dificuldades muitas vezes
nos atingem com situações que nem sempre julgamos negativas, por exemplo, o excesso de
segurança financeira, o excesso de segurança em nossas capacidades humanas e inclusive o
ativismo. Tudo isso tende a se agravar quando consentimos com o pecado em nossa vida. Este
afastamento será inevitável se mantivermos a decisão de não buscarmos o Senhor através de
práticas espirituais como oração pessoal, adoração, vida sacramental e mortificações. Desta forma é
preciso ter a coragem de fazer aquilo que Judite concretamente orienta ao seu povo: “...façamos,
pois, penitência por isso e peçamos-lhe perdão com lágrimas nos olhos, pois Deus não ameaça
como os homens e não se deixa arrastar como eles à violência da cólera. Humilhemo-nos diante
dele e prestemos-lhe nosso culto com espírito de humildade (Jd 8,14-16).
A prática espiritual sincera alarga nossos horizontes. A prática espiritual honesta nos ensina que
além de todas as coisas que vemos, existe sempre algo muito mais amplo e profundo que não
percebemos quando olhamos para a realidade somente a partir de nossas próprias intuições. Nem
sempre o óbvio expressa a vontade de Deus em nossas vidas e em nossos ministérios.

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